"A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena, é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande, é ser génio." - Fernando Pessoa
A doença mental é observada e trabalhada em três campos distintos: Psicologia/Psiquiatria/ Neurologia. Ela pode ser vista como um transtorno, distúrbio ou doença, que descrevem anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica e/ou mental e variam consoante os factores biológicos, psicológicos e sócio-culturais de cada um de nós. As pessoas com doença mental, perdem oportunidades, perdem auto-estima e vêm diminuída a sua qualidade de vida. Muito se tem falado sobre o estigma e de estratégias anti-estigma, que começam desde logo na sensibilização dos profissionais de saúde, na sua prática clínica, que deve ser mais humana e relacional. Na minha opinião, tem que se começar a mudar mentalidades por algum lado e na realidade o doente precisa mais de um bom médico do que de um bom vizinho, mas é com este último que ele se depara no seu dia-a-dia. O doente mental é visto como um ser perigoso (sensação de medo) e, por isso mesmo, não existe abertura social para integrar pessoas com estes problemas que se consideram incompetentes sem terem tido uma única chance. Isto resulta da ignorância (falta de conhecimentos), do preconceito (atitudes negativas) e da discriminação (comportamentos de exclusão) por parte das pessoas.
"O IGNORANTE AFIRMA, O SÁBIO DÚVIDA, O SENSATO REFLECTE" - Aristóteles
Os media formam atitudes e influenciam comportamentos sociais, normalmente de modo errado. Quando o tema é a doença mental isto não é exceção. As ideias que transmitem são sempre ou quase sempre incorrectas, desfavoráveis e prejudiciais.
O estigma é uma construção social baseada em concepções negativas da doença mental, assim sendo, é a sociedade o agente na redução deste estigma e discriminação por parte da comunidade.
AQUILO QUE QUEREMOS ATINGIR É O ALCANCE DAQUILO QUE CONSEGUIMOS ENXERGAR
(Joana Melanda)

"Nem todos podem ser iguais perante a Natureza: uns nascem altos, uns baixos, uns fortes, outros fracos, uns mais inteligentes, outros menos...
ResponderEliminarMas todos podem ser iguais daí em diante; só as ficções sociais o evitam. Essas ficções sociais é que era preciso destruir."
(Fernando Pessoa)
à uns anos valentes (uns 20) existia uma campanha «todos diferentes, todos iguais» sobre a tolerância de tons de pele.
ResponderEliminarfazem falta campanhas como esta para aceitarmos os outros como são, apesar da aparência, dificuldade ou discurso.
a maior da dificuldade que encontro na nossa sociedade é tolerar ideias diferentes das nossas
O que é a Loucura? Ser Louco? Ainda hoje tenho dificuldades em fazer tal distinção.
ResponderEliminarPena é, a sociedade rotular as pessoas porque tiverem um comportamento, opinião, reação menos dita normal.
Vivam e deixem viver desde que não se prive o outro da liberdade e que este não falte ao respeito à sociedade.
ResponderEliminarGrandes "loucos", grandes obras...
John Nash (1928 -)- Matemático (inspirou o filme Uma Mente Brilhante)
Vincent van Gogh (1853 - 1890) - Pintor
Edgard Allan Poe (1809 - 1849) - Escritor
Ludwing van Beethoven (1770 - 1827)- Compositor
Isaac Newton (1642 -1727) - Físico
...
Acho que o estigma sobre a doença mental merece ser abordado, pois são complexos criados em seu torno e criados por falta de informação, numa sociedade que generaliza.
ResponderEliminar"Não são criminosos, são doentes."
ResponderEliminarTalvez não sejam assim tão doentes, talvez tenham mais lucidez e mais sensibilidade que aqueles q se julgam sãos!
ResponderEliminarA sociedade é que rotula com base em comportamentos e atitudes fora do comum.
Obrigada Andreia pela tua participação! Bem vinda!
ResponderEliminarEspero que continues a acompanhar o nosso trabalho!